quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

REPROVADO OU NÃO? QUAL O VEREDITO FINAL!




Estamos finalizando o ano letivo e com ele angústias da reta final, a aprovação ou reprovação escolar como pauta na escolaridade da criança. A reprovação de forma geral significa à criança o débito merecido pelo descaso com o estudo e, à família, o fracasso da criança e deles próprios. Para que essa situação conflituosa seja evitada muitas famílias se empenham na aprovação da criança, tentando socorrê-la com aulas suplementares ou estudando em equipe com a mesma. Esquemas fantásticos são montados que garantam a promoção daquele estudante na tentativa de reverter uma situação que, na maioria das vezes, se arrastou pelo ano todo.
Aprender envolve os aspectos físico, emocional, mental e sócio-cultural, mas para que esses sejam detectados em sua forma inicial, é imprescindível uma avaliação psicopedagógica clínica de um profissional qualificado.
Muitos são os motivos que levam uma criança a ser retida na série em que se encontra. A fala mais conhecida é que a criança é “preguiçosa”, que “flauteou”, que “fez na última hora”; mas não podemos generalizar e deixar de considerar que muitos aspectos norteiam a decisão escolar quando um aluno é retido.
São muitos os casos onde famílias se mobilizam para a aprovação do aluno dito flauteador, mas as causas de uma repetência são inúmeras e com raízes não transparentes aos olhos dos familiares ou aos olhos daquele que julga o conhecimento e desempenho do estudante sem um respaldo teórico e prático na área psicopedagógica clínica.
Nenhum professor ou pai se satisfaz frente uma retenção escolar, mas em alguns casos ela é necessária e eficaz, traz benefícios em curto prazo àquela criança que vem se arrastando desde o início do ano sem acompanhar o conteúdo programático ou, até de série em série, passando de um ano ao outro por atingir as notas mínimas necessárias, mas sem, contudo, estar preparada para a série seguinte e sem se enquadrar ao programa escolar especificado.
"Aprender" e "não aprender" estão em pé de igualdade na condição humana e fazem parte da realidade de cada sujeito que "sabe" algumas coisas e "desconhece" outras.(Júlia E. Gonçalves)
Abaixo alguns esclarecimentos que acredito serem pertinentes para expor as diferenças entre distúrbios, transtornos e dificuldades de aprendizagem, esclarecendo, a priori, que tais termos são comumente empregados como se fossem sinônimos, portanto, usados indistintamente, desde que se verifique algum problema ou falha relacionada ao ato de aprender(Gonçalves, J. E.):
A) Distúrbio de Aprendizagem: é uma alteração que se constitui em um obstáculo à aprendizagem, prejudicando e/ou impedindo que essa aconteça, mostrando assim que algo não funciona, não vai bem no sujeito.
Os distúrbios de aprendizagem (dislexia, discauculia, disgrafia, etc) acarretam geralmente problemas na área da linguagem oral, na leitura, na escrita, nos cálculos matemáticos, além do comprometimento emocional, daí a necessidade de se realizar um diagnóstico cuidadoso por profissionais competentes e especializados para que os encaminhamentos paralelos que se fizerem necessários, sejam realizados (neurologia, fonoaudiologia, psicologia e outros).
B) Transtornos de Aprendizagem: os portadores necessitam de atendimento multidisciplinar e individualizado por sua complexidade. Os transtornos podem ser decorrentes de falhas no processo do desenvolvimento humano, a partir da gestação ou após. Suas causas podem ser genéticas, neurológicas, neuropsicológicas ou psíquicas e ocasionam uma transformação no organismo, mudando seu curso, como nas síndromes de Down, Asperger, Tourett e outras.

C) Dificuldade de Aprendizagem
: está relacionada com as habilidades do ser humano, com aquilo que pode ser considerado fácil ou difícil para cada um.
Dificuldade é então, a negação ou a falta de alguma habilidade da pessoa para realizar determinada coisa, como não ver significado no conteúdo curricular, expectativas não correspondidas em relação ao professor, atitudes e práticas repressoras e autoritárias provenientes da família, professores e outros, falta de interação com o grupo, etc.
A habilidade é desenvolvida e aprendida, diferente da capacidade que é inata. Uma pessoa pode ser capaz, mas pode não desenvolver as habilidades requeridas para realizar uma determinada tarefa e, por isso, falta-lhe competência, o que é visto como dificuldade (Gonçalves J. E.). De acordo com o tipo, as dificuldades podem ser:
Dificuldade Reativa: observa-se que a reação da pessoa se dá de acordo com a situação por ela vivenciada - uma criança que troca de escola constantemente, outra que estuda onde existem falhas nos conteúdos curriculares, greves freqüentes interrompendo o processo didático, famílias que não estimulam a aprendizagem - nesses casos, a criança reage não aprendendo ou acaba por ter um desempenho muito baixo. Existe o desejo de aprender, mas as situações de aprendizagem não foram favoráveis ou suficientes para que aconteça.
Dificuldade Sintomática: existem SINTOMAS e SINAIS de que algo está perturbando ou prejudicando o processo de aprendizagem, o portador obteve todas as possibilidades externas para que sua aprendizagem acontecesse, porém, perde o desejo de aprender. É de origem interna ao indivíduo, gerada por questões não resolvidas em qualquer âmbito, que acabam sendo deslocadas para a área da aprendizagem. A dificuldade sintomática utiliza um mecanismo de defesa que Freud denominou de “deslocamento", porque o sujeito não consegue lidar com a situação traumática e apresenta um sintoma para substituir a angústia gerada por ela, por isso, é o psicopedagogo o melhor profissional para atender este sujeito, quando este deslocamento se dirige para uma situação escolar.
Sem a pretensão de esgotar o assunto, falo dos casos de maneira geral. A melhor solução para cada criança deve ser discutida entre a escola e a família.
Refazer um período não deve ser visto como punição, mas como passo necessário naquele momento, e para a maioria dos casos o envolvimento e apoio da família são de extrema importância para a aceitação da criança frente situação tão penosa, além de facilitar o próximo ano, visto as dificuldades, distúrbios ou transtornos dependendo do caso, serem acompanhados desde o início do ano letivo. A retenção muitas vezes considerada uma perda para a criança é, na realidade, tempo ganho em maturidade e confiança, impedindo que processos lacunares prejudiciais à aprendizagem sejam instalados impedindo que o estudante caminhe sozinho e seja autor de sua própria estória. Por outro lado, outras vezes a retenção não é a conduta mais acertada, pois poderá afetar ainda mais o processo da aprendizagem, que sobrecarregado pela baixa auto-estima da criança, encontra-se estagnado.
Para avaliar situações onde existam ou não dúvidas sobre a aprovação ou reprovação, sobre as facilidades ou dificuldades do estudante, a melhor atitude é procurar um psicopedagogo que através de instrumentos específicos avalia a situação do aprendente e, posteriormente, compreende os motivos do não-aprender e indica a terapêutica adequada, trazendo à criança, à família e à escola, a segurança que precisam para dar continuidade e reiniciar a próxima jornada com atitudes positivas que desenvolvam a auto estima e confiança desse ser que, envolvido com a problemática do “não aprender”, despreza o prazer do “aprender”.
(12/11 – DIA DO PSICOPEDAGOGO – PARABÉNS A TODOS DA ÁREA)

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Vamos comemorar o Haloween!!


A história do Haloween começa a aproximadamente 200 anos atrás, com um festividade Celta conhecida como Samhain. Os Celtas viveram na Irlanda, quando esta ainda não era assim conhecida, no Reino Unido e partes do norte da França. Celebravam o ano novo em 1º de novembro por considerar a época como o final do verão e da colheita e o ínicio do sombrio e gelado inverno. Os Celtas frequentemente associaram o inverno com a morte, tendo em vista o esforço para sobreviver às baixíssimas temperaturas e à falta de recursos como madeira seca para o aquecimento e o crescimento da lavoura. Um aspecto importante para entender a história é saber que o Povo Celta, àquela época, tinham a convicção de que a noite da véspera de ano novo era o limite enfraquecido de dois mundos. Acreditavam que o mundo dos mortos e o mundo dos vivos poderiam se misturar, se fundir, nessa noite. O Samhain, portanto, era celebrado na véspera no dia 31 de Outubro, porquanto os fantasmas retornavam de sua de sua morte eterna à Terra. Esta era a mais assustadora das creças e sem dúvida um dos mais apavorantes e fantasmagóricos aspectos acerca da origem do Haloween. Os celtas acreditavam piamente que esses mortos-vivos poderiam prejudicar a lavoura e causar outros problemas. Por outro lado eles também acreditavam em algo de bom no Samhain, a razão para a diversão por trás da história e as derivações das celebrações do Halloween. Os celtas acreditavam que seus sacerdotes, os Druidas, eram capazes de prever o futuro graças àqueles que voltavam à Terra como mortos-vivos naquela noite. Eram frequentemente confortados por essas previsões ao ter que enfrentar os longos e gelados meses de inverno. A história do Haloween não estaria completa sem mencionar os conquistadores Romanos. Ele também tinham suas crenças sobre o Haloween, entretanto era chamado Feralia. Certa vez o Papa designou o dia 31 de Outubro como o Dia das Almas, o dia anterior ao Dia de todos os Santos. O dia das Almas, na mais recente história do Haloween, foi criado em comemoração àqueles que já morreram. Entretanto, atualmente o Dia das Almas ou Dia de Finados é comemorado no dia 2 de Novembro um dia após o Dia de Todos os Santos, pela comunidade católica latina (comentário nosso). Hoje em dia, a tradição inclui "gostosuras ou tavessuras", festas à fantasia, filmes de terror, visitar as casas para ganhar doces, fazer caretas, decorar abóboras furadas, maçã-do-amor....As tradicionais cores do Haloween são preto e laranja e, hoje em dia, é celebrado em muitas partes do mundo.

Bruxas... como surgiram!


Não se sabe a exata origem das Bruxas, constam relatos de que elas existam desde os primórdios da humanidade. Há duas teorias para a existência de tais seres:

1) As práticas de bruxaria envolvem rituais simbólicos desde os tempos neolíticos. A primeira demonstração da arte de devoção foi encontrada em cavernas do período neolítico, onde havia ilustrações dos rituais de adoração às deusas da fertilidade dos povos primitivos.

Dessa forma, as experiências visionárias, rituais de caça e cerimônias de cura sempre estiveram presentes nos símbolos e metáforas de cada cultura. Na Grã-Bretanha as sacerdotisas druidas estavam divididas em três classes. As que viviam em conventos num regime de celibato eram as da classe mais alta. As outras duas classes, que eram das sacerdotisas, podiam se casar e viver nos templos ou com os maridos e família. Com a era do cristianismo, foram denominadas “Bruxas” e perseguidas por muito tempo.



2) Durante a Idade Média toda e qualquer mulher que conseguia poder, passavam gradativamente a ser considerada bruxa. Bruxa em sânscrito significa “mulher sábia”. As bruxas eram denominadas sábias, até a Igreja lhes atribuir o significado secundário de mulheres dominadas por instintos inferiores.

Sem mito algum, as bruxas eram apenas mulheres que conheciam e entendiam do emprego de ervas medicinais para cura de enfermidades, e colocavam em prática seus conhecimentos nos vilarejos onde habitavam.
Com a chegada do Cristianismo, começando a imperar a era patriarcal, as mulheres foram colocadas em segundo plano e tidas como objetos de pecado utilizados pelo diabo.
Muitas mulheres não aceitaram essa identificação e rebelaram-se. Essas, dotadas de poder espiritual, começaram a obter novamente o prestígio que haviam perdido o que passou a incomodar o poder religioso. Assim acusar uma mulher de bruxaria ficou fácil, bastava uma mulher casada perder a hora de acordar, que o marido a acusava de estar sonhando com o demônio.

Perseguição às bruxas

Durante o século X e XII as bruxas ressurgiram, nesse período realizaram vários processos contra elas, promovidos pelo poder civil. No entanto, tal questão veio assumir um aspecto dramático a partir do século XIV, momento em que a Igreja Católica implantou os tribunais da Inquisição com o intuito de reprimir, tanto a disseminação das seitas heréticas como a prática de magia e outros comportamentos considerados pecaminosos. Nesse período, o fenômeno se caracterizou como manifestação coletiva, de profunda repercussão no direito penal, na vida religiosa, na literatura e nas artes. Dessa forma, para que a repressão fosse eficaz, os tribunais de Inquisição se proliferaram, e os processos aumentaram rapidamente.

Segundo os teóricos do assunto, a epidemia de bruxas ocorreu nos séculos XVI e XVII, no norte da França, no sul e oeste da Alemanha e em especial na Inglaterra e na Escócia, a perseguição às bruxas foi metódica e violenta. Os colonizadores ingleses levaram esse procedimento para a América do Norte, onde, em 1692, ocorreu o famoso processo contra as bruxas de Salém, em Massachusetts. Normalmente, acusavam-se as bruxas velhas, e com menor freqüência as jovens.

A maioria das acusações se referia a malefícios contra a vida, a propriedade e a saúde. Também constavam denúncias de pactos com o diabo. Segundo as denúncias, as bruxas montadas em vassouras voavam pelos ares e se reuniam em lugares inabitados para celebrar a satanás e entregar-se a orgias. O iluminismo do fim do século XVII e do século XVIII, que era caracterizado pelo espírito científico e pelo racionalismo, contribuiu para o fim desse processo e para que não mais se admitisse perseguição judiciária em casos de superstições populares.

Veja também!
Idade Média - O inicio da perseguição as bruxas.
Idade Moderna - O apogeu da perseguição as bruxas.

Fonte: Equipe Brasil Escola

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Ser Médico

Aconchega-nos logo ao nascimento.

Cura-nos desde uma pequena gripe à sérios problemas de saúde.


Em cada dose de medicamento inconscientemente ingerimos seu carinho, seu olhar, seu tom de voz e dedicação.
Vida tumultuada, atribulada por momentos ora alegres...ora
Momentos tão importantes que descartados são quando nossa saúde e angústia são priorizadas pelo profissional que é.

Possuidor deste dom que cura , possuidor da paciência e da ciência, concilia sua vida de forma que possa sempre aconchegar um novo ser que nasce ou aquele que padece.

Acompanha nossa transformação desde que desligados somos do casulo materno nos trazendo à vida, apoiando-nos em
nosso caminho enquanto lagartas e, auxiliando-nos a
enfrentar a mutação natural do desenvolvimento em
busca de uma vida melhor, mais colorida, mais saudável
e livre.

Recebe-nos quando em borboletas nos transformamos, amparando-nos em momentos difíceis que ofuscam nossas asas, tiram-lhes as cores e, às vezes as mutilam.

Trás conforto a todos que ligados pelo sofrimento da perda, sofrem sem esperança, devolvendo com seu dom especial, a valorização da vida e do amor.

Parabéns a este Ser por sua Ciência, por sua Paciência e por sua Existência.

Feliz dia do Médico
Fernanda Maria Lima do Amaral
Psicoterapeuta Analítica Breve/Grupo/Individual - Psicopedagoga

Postagem do dia 18.10.2008 no Indicador de Saúde do Jornal "Gazeta Guaçuana".

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Saiba como surgiu o Dia das Crianças!!

Dia das Crianças no Brasil

A criação do Dia das Crianças no Brasil foi sugerido pelo deputado federal Galdino do Valle Filho na década de 1920.

Arthur Bernardes, então presidente do Brasil, aprovou por meio do decreto de nº 4867, no dia 5 de novembro de 1924, a data de 12 de outubro como o dia dos pequenos.

O Dia das Crianças só passou a ser comemorado mesmo em 1960, quando a fábrica de brinquedos Estrela fez uma promoção junto com a empresa Johnson & Johnson para lançar a "Semana do Bebê Robusto" e aumentar suas vendas.

A idéia das duas empresas deram tão certo que outros comerciantes resolveram adotar a mesma estratégia. E assim, dia 12 de outubro é dia de criança ganhar presente!

Dia das Crianças no Mundo
Muitos países comemoram o Dia das Crianças em outros dias do ano. Na Índia, é em 15 de novembro. Em Portugal e Moçambique, a comemoração acontece no dia 1º de junho. Na China e no Japão, a comemoração acontece em 5 de maio.

Dia Universal da Criança
A Organização das Nações Unidas, também conhecida como ONU, comemora o dia de todas as crianças do mundo em 20 de novembro. Foi nessa data que os países aprovaram a Declaração dos Direitos das Crianças.

fonte: http://www.terra.com.br/criancas/diadascriancas2004/comosurgiu.htm

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Vestibular: E agora o que fazer?




Muitas dúvidas, incertezas e inquietações passam pela cabeça do adolescente, principalmente nessa fase escolar – hora de decidir que profissão escolher. Milhares de jovens todos os anos submetem-se a diversos processos seletivos e vestibulares em todo o país. Chegado esse momento, muitas crises próprias da adolescência se intensificam devido ao stress e à pressão familiar, social e escolar, à dificuldade na escolha profissional e ao fato de ingressarem cada vez mais cedo no nível superior. São poucas as universidades no país, principalmente as públicas, que se preocupam em estabelecer um programa de preparação junto ao ensino médio. Em contrapartida, muitos psicopedagogos e psicólogos desenvolvem programas de orientação vocacional, palestras, testes, vivências, aulas de relaxamento; objetivando facilitar a escolha e decisão profissional dos alunos no ensino médio.
O surgimento elevado de novos seguimentos profissionais nos diversos campos da ciência e o acesso de jovens e adolescentes cada vez mais cedo às universidades, tornam-se fatores que dificultam a escolha vocacional. Outro fator igualmente importante é a valorização pelo mercado de determinados profissionais, contribuindo para que um número expressivo de vestibulandos optem por carreiras que, por ventura, lhes tragam maior retorno financeiro. Na realidade todas as profissões são promissoras desde que assumidas por bons profissionais. O mercado, de fato muito competitivo, exige novas competências e faz-se necessário considerar que em todo seguimento existem elementos de alta, média e baixa remuneração, devido as conjunturas sociais e à capacidade profissional.
Quando falo em capacidade e competência não me refiro apenas ao nível superior, mas à toda história escolar que está relacionada a futuros profissionais de sucesso. Desde a Educação Infantil ao Ensino Médio estão sendo lapidados profissionais de futuro. Por isso muitos se enganam achando que é a 3ª Série do Ensino Médio que vai determinar sua aprovação no vestibular, sendo que o mérito deve-se a uma formação acadêmica consistente desde a educação infantil.
Nessa hora de decisão resta uma indagação pessoal e interior - Em qual profissão me sentirei feliz e realizado? A realização é imprescindível na formação de qualquer profissional. Quando gostamos do que fazemos temos a energia necessária para estudar, pesquisar e buscar novos conhecimentos e assim nos tornarmos profissionais diferenciados.
Nesse momento crucial de escolha o papel da família é fundamental, devendo facilitar a definição dos filhos e não intervir nessa decisão, pois se o fizer, corre o risco de estar formando profissionais infelizes ou mesmo fracassados.

Matéria que será postada no "Jornal A Gazeta Guaçuana" - Indicador de Saúde - Dia 05.10.2008.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

"A mais bela flor"



O bosque estava quase deserto quando o homem sentou-se para ler embaixo dos longos ramos de um velho carvalho. Estava desiludido da vida, com boas razões para chorar, pois o mundo estava tentando afundá-lo. E como se já não tivesse razões suficientes para arruinar o seu dia, um garoto chegou, ofegante, cansado de brincar. Parou na sua frente, de cabeça baixa e disse, cheio de alegria:
- Veja o que encontrei!
O homem olhou desanimado e percebeu que na sua mão havia uma flor. Que visão lamentável! Pensou consigo mesmo. A flor tinha as pétalas caídas, folhas murchas, e certamente nenhum perfume. Querendo ver-se livre do garoto e de sua flor, o homem desiludido fingiu pálido sorriso e se virou para o outro lado. Mas ao invés de recuar, o garoto sentou-se ao seu lado, levou a flor ao nariz e declarou com estranha surpresa:
- O cheiro é ótimo, e é bonita também... Por isso a peguei. Tome! É sua.
A flor estava morta ou morrendo, nada de cores vibrantes como laranja, amarelo ou vermelho, mas ele sabia que tinha que pegá-la, ou o menino jamais sairia dali. Então estendeu a mão para pegá-la e disse um tanto contrafeito:
- Era o que eu precisava.
Mas, ao invés de colocá-la na mão do homem, ele a segurou no ar, sem qualquer razão. E naquela hora o homem notou, pela primeira vez, que o garoto era cego e que não podia ver o que tinha nas mãos. A voz lhe sumiu na garganta por alguns instantes.
Lágrimas quentes rolaram do seu rosto enquanto ele agradecia, emocionado, por receber a melhor flor daquele jardim.
O garoto saiu saltitando, feliz, cheirando outra flor que tinha na mão, e sumiu no amplo jardim, em meio ao arvoredo. Certamente iria consolar outros corações, que embora tenham a visão física, estão cegos para os verdadeiros valores da vida. Agora o homem já não se sentia mais desanimado e os pensamentos lhe passavam na mente com serenidade. Perguntava-se a si mesmo como é que aquele garoto cego poderia ter percebido sua tristeza a ponto de aproximar-se com uma flor para lhe oferecer. Concluiu que talvez a sua autopiedade o tivesse impedido de ver a natureza que cantava ao seu redor, dando notícias de esperança e paz, alegria e perfume. E como as Leis da Vida são misericordiosas, permitiram que um garoto privado da visão física o despertasse daquele estado depressivo.
E o homem, finalmente, conseguira ver, através dos olhos de uma criança cega, que o problema não era o mundo, mas ele mesmo. E ainda mergulhado em profundas reflexões, levou aquela feia flor ao nariz e sentiu a fragrância de uma rosa... Verdadeiramente cego é todo aquele que não quer ver a realidade que o cerca. Tantas vezes, pessoas que não percebem o mundo com os olhos físicos, penetram as maravilhas que os rodeiam e se extasiam com tanta beleza. Talvez tenha sido por essa razão que um pensador afirmou que "o essencial é invisível aos olhos."
José Orlando Nussi(Equipe de Apoio da Leader Training)

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

A MENINA QUE SE APAIXONAVA!



Para quem lê quase rápido


Antigamente era proibido criança namorar. Além disso, tinha a chamada conversa de gente grande: os pais cochichavam coisas longe dos filhos. Parecia que ninguém sabia direito da vida do outro. Nesse tempo de tantos segredinhos a menina Teresa se apaixonou. E ela tinha só 9 anos! Então, Teresa começou a namorar escondido... Um livro para ler de uma vez só!




FILHOTES DE BOLSO

De Margaret Wild e Stephen Michael King
Um livro realmente muito... fofo! Começando pelos desenhos encantadores. A história é bem engraçadinha e simples. Fala de um senhor que tem dois cachorrinhos tão pequenos que cabem nos bolsos de seu casacão e, por isso, vão pra todo lado com o dono. Só que ele não percebe que o bolso tem um furo e um dos cãezinhos escapa. E agora? Os textos são curtinhos e em letras de fôrma.
Editora: Brinque-Book
"Todos os dias, no inverno e no verão, seu Totó vestia seu casaco enorme e colocava Bife no bolso direito e Bufe no bolso esquerdo."



"– E eu? – perguntou o camaleão. – Eu sempre fui assim, mãe?
Sim – ela falou. – A única coisa que mudou foi sua cor... Ih, lá vai você de novo!" COMO É QUE EU ERA QUANDO ERA BEBÊ?
De Jeanne Willis e Tony Ross
Muitas crianças fazem esta pergunta. É gostoso saber que cara a gente tinha quando era bebê. Com desenhos engraçadinhos e muita simplicidade, o livro mostra a aparência de vários tipos de filhotes: hipopótamo, avestruz, leopardo, cobra, macaco. Mas o sapo, coitadinho, não acredita que era tão diferente assim!
Editora: Brinque-Book

DICAS DE LEITURA


Para quem aprendeu a ler faz pouco tempo



O BEIJO
De Valérie D’Heur
Todo mundo concorda que beijo de mãe, não tem igual, não é mesmo? Pois é... nessa história uma mamãe sai tão apressada para o trabalho que se esquece de beijar o filhote, um passarinho. Então ele procura resolver a situação com o beijo de alguma outra mãe por aí, mas os outros bichos são tão diferentes! No final, ele faz uma incrível descoberta! Esse livro é ótimo para os pequenos leitores, principalmente porque os textos estão em LETRAS DE FÔRMA.
Editora: Brinque-Book
“Mamãe tinha uma porção de coisas para me dizer hoje. Estava muito apressada, mas nunca tinha se esquecido do meu beijo.”

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

MEU FILHO NÃO OBEDECE!


COMO LIDAR COM OS LIMITES!







Muito normal recebermos pais aflitos no consultório levando como queixa a
desobediência dos filhos, seja por encaminhamento escolar ou por iniciativa própria, visto muitos não saberem como lidar e estabelecer limites ou mesmo definir a amplitude da liberdade destes pequenos que tanto exigem em função da estimulação, acessibilidade e vivência característica da época atual.
Sabe-se que a superproteção tende a oferecer mais do que as crianças necessitam, levando-as a serem dependentes, adquirirem tardiamente aquisições importantes como engatinhar, andar e falar e a exigirem maior atenção dos pais do que as crianças menos superprotegidas. Posteriormente serão crianças, adolescentes e jovens que necessitarão da aprovação do outro por insegurança, não terão iniciativa para atividades próprias e sentir-se-ão inseguros frente às dificuldades, e incapazes de superá-las. Serão as crianças que hoje rotulamos de “mimadas. A maior incidência da superproteção segundo pesquisadores, são filhos de pais separados ou daqueles que tiveram seus filhos em idade mais avançada, que passaram por dificuldades com a gravidez ou parto, para aqueles que trabalham fora, são divorciados, viúvos ou que perderam algum filho, por exemplo, não excluindo àqueles que na tentativa de acertar, superprotegeram.
A superproteção objetiva suprir as lacunas afetivas dos pais de forma geral.
Todos os pais, independente da situação, devem sempre mostrar o quanto seu filho é querido e criar um vínculo emocional dando a ele certa liberdade e autonomia, como por exemplo alimentar-se sozinho, uma atitude simples que estimula as primeiras façanhas da criança (mesmo que implique em limpar toda a cozinha após a refeição).
Lembrarmos que a qualidade do relacionamento é sempre melhor que a quantidade de tempo junto ao seu filho, nos leva a não satisfazer todas as vontades dele, pois o objetivo transforma-se em termos um vínculo qualitativo, vínculo de satisfação e prazer, contrapondo uma relação estafante e árdua para muitos pais.
Estabelecer limites consiste em oferecer à criança os extremos da fronteira, até onde ela pode ir ou não naquele momento (quando se diz à criança: não quero que você me bata – e segura-se sua mão – está se estabelecendo limite).
Toda criança deve receber a liberdade para ser usada com responsabilidade e autonomia dentro das regras morais, sociais e religiosas da família, pois dessa forma se prepara para o universo, onde apesar de amada e respeitada, percebe o outro que também ocupa seu espaço com os mesmos direitos.
Tarefa difícil para os pais é dizer “Não” – eles deixam de ser “bonzinhos”, pois dizer “sim” é mais fácil e prazeroso. Dizer “Não” ensina o limite do “Ter“, valorizando o “Ser” e equilibra o ganhar e o perder (ex: dizer ao adolescente que “sair com o carro do pai não é permitido e ponto final” – Içami Tiba).
A falta de limite ou a liberdade excessiva gera crianças que desrespeitam os professores, agridem os colegas, não convivem em grupos e, mais tarde serão parte de “gangues de rua”, “turma da bagunça” e, posteriormente, adultos indecisos, inseguros, incapazes de persistir, manipuladores, por vezes mentirosos e com dificuldades em assumir responsabilidades, além de potenciais usuários de droga.
A existência de regras em nossa convivência é fundamental para que nossos filhos se tornem verdadeiros cidadãos e “seres mais humanos”.

CRIAR LIMITES É EDUCAR. PARA EDUCAR É PRECISO DISCIPLINAR. PARA DISCIPLINAR É PRECISO VALORES MORAIS E ÉTICOS.
NUNCA É TARDE PARA RECOMEÇAR OU COMEÇAR... ALIÁS, HOJE É UM BOM DIA.... PORQUE HOJE...É SÁBADO! (como dizia o poeta Vinícus).
Postagem do Jornal "A Gazeta Guaçuana" - 30.08.2008 - postado em 01.09.2008

TEXTO EM HOMENAGEM À GRANDE CYBER AMIGA SHIRLEY MARTINS - LELEY!!!!
VALEU LELEY, SEUS SLIDES SE TRANSFORMARAM, MAS A SUA IDÉIA CONTINUA
!!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

FINALIZAR BEM AS FÉRIAS E REINICIAR AS ATIVIDADES NORMAIS COM PRAZER!!

As férias escolares chegam ao fim – época mais esperada pelas crianças, adolescentes e jovens, que tendo descansado muito ou pouco – relutam com a volta às aulas. Eles não se desanimam com o retorno, mas com a própria rotina que se estabelece no dia a dia. Muitos só vão à escola, mas outros têm uma rotina pesada, com cursos extras e esportes, além daqueles que trabalham e estudam à noite. Às crianças não sobra tempo para fazer o que mais gostam – brincar, aos adolescentes – sair e encontrar os amigos e, aos jovens – a diversão típica desses que muitas vezes também trabalham, além de estudar.
Os professores de ensino público ou particular, de crianças, jovens ou adultos, também têm uma rotina estafante. O estudo e a dedicação em sala de aula são fatores que exigem muito desses e, por maior preparo que tenham, precisam “recarregar suas baterias” para mais uma jornada.
Os pais que continuaram ou não com seus afazeres nesta época do ano cercam-se de dúvidas sobre como ajudar seus filhos e como estimulá-los ao retorno às aulas.
Não termos horários e obrigações – a alegria das férias. Podemos deixar o dia a mercê das nossas vontades. Não necessitamos ter um planejamento rígido e fazer desse período uma rotina pesada, ao contrário, devemos com antecedência, nos preparar para a chegada desse momento para um descanso real. Não precisamos que as férias sejam repletas de momentos alucinantes, de atividades para nós ou para os filhos. Todos nós precisamos de um tempo livre, em que fazemos aquilo que bem entendemos (dentro do possível e razoável) – quem sabe “fazermos nada”. Só assim teremos chance do real descanso; e agora após esse recesso, o preparo para o inevitável retorno.
É comum nesta época ouvirmos a frase: “Ainda estou estressado!” Somente ter férias não resolveria o stress, caso esse realmente existisse, mas seria um tempo precioso se nesse período fizéssemos uma revisão da nossa qualidade de vida e, principalmente, se cultivássemos uma espiritualidade que proporcionasse saúde integral a nós e aos nossos filhos.
No domingo que antecede a retomada das aulas e das atividades normais, dormir mais cedo não evita o sono e a preguiça ao toque do despertador, isso porque nosso organismo se desacostumou com uma rotina e equilibrou-se à outra e, portanto, é aconselhável que uma semana antes, comecemos a estabelecer alguns horários mais próximos do nosso dia-a-dia, para que não tenhamos um caos dentro de casa quando aquele instrumento irritante tocar – o relógio, que demarca o final de um período e o início de outro, às vezes não muito estimulante principalmente às crianças e adolescentes.
Assim como preparamos as férias, devemos ir diminuindo essa “falta de rotina”, levantando mais cedo para aproveitar melhor a manhã e assim acostumar o corpo e o relógio biológico que com certeza está bem desregulado após essa folga “sem tempo” e “sem regras”, para nos preparar para a retomada dos estudos.
A agitação, o corre-corre diário, as pressões e tensões modernas levam ao stress, sintoma que não atinge somente os adultos. O stress também produz alterações físicas e emocionais nas crianças e como estamos falando em retorno às atividades escolares, enfatizaremos as atividades cotidianas das crianças e sobre a importância dessas serem comedidas e equilibradas, evitando o stress quando existe o excesso de compromissos extra escolares ou o tédio, quando o dia-a-dia é ocioso, tornando a criança ainda mais entediada ou sedentária.
A ponderação dos pais na escolha ou na priorização de seus afazeres pode ajudar crianças e adolescentes a não se sobrecarregarem ou se privarem tanto física como intelectualmente, mantendo um equilíbrio e uma qualidade de vida melhor.

Fernanda Maria Lima do Amaral – Psicanalista e Psicopedagoga Clínica
Formação em Psicanálise Transpessoal (Assoc.Brasil. de Psicanálise Transpessoal)
Especialização em Psicoterapia Analítica e Psicopedagogia pela Unicamp.

Texto elaborado para o Jornal "A Gazeta Guaçuana" - Indicador de Saúde - Postagem ainda sem data definida.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

FÉRIAS!!! VAMOS APRENDER A GOSTAR DE LER!!!



> QUEM QUER ESTE RINOCERONTE?
de Shel Silverstein Ed. Cosac Naify, R$ 39.
Um menino pergunta quem quer um rinoceronte e, a cada página, enumera várias de suas utilidades. No final, revela suas maiores qualidades: o animal é um grande amigo, companheiro e muito fácil de se amar. Há o nonsense na medida de Silverstein, quando o menino diz adorar usar o animal como abajur e brincar de tubarão. O texto é formado por rimas e frases curtas e, em todas as páginas, há desenhos em preto e branco feitos pelo autor. Os leitores podem identificar intensos sentimentos de amor e amizade. > A PARTIR DE 5 ANOS.

> CLARA
de Ilan Brenman e ilustrações de Silvana Rando Ed. Brinque-Book, R$ 26,50.
Assobiar como o tio, dançar como o avô e mergulhar na piscina como o irmão são algumas das coisas que Clara quer fazer quando ficar maior. O livro expressa o desejo das crianças de crescer e mostra como os mais velhos, em atitudes cotidianas e despretensiosas, tornam-se referências no universo infantil. Aos pais, revela a importância de dar bons exemplos, mas de um jeito divertido. O melhor: neste mês, chega às livrarias Gabriel, o irmão de Clara.
> A PARTIR DE 4 ANOS.

> MENINA DAS ESTRELAS
de Ziraldo Ed. Melhoramentos, R$ 59.
Ziraldo traça um perfil das meninas, abordando a infância e a passagem para a adolescência. O heroísmo dos pais, a cumplicidade entre amigas, o interesse pelos meninos, nada passa batido aos olhos deste mestre da compreensão e síntese do universo infantil. As ilustrações, do autor, são bastante expressivas e enriquecem as caracterizações. Para meninas compreenderem melhor seu universo. Ele vem numa lata e acompanha uma camiseta.
> A PARTIR DE 6 ANOS.


Escrito por Redação Crescer - 06/05/2008
Mas e se eu não li?

Confessem: esta pergunta bate na gente vez ou outra, não. Explico. Meu papel aqui neste blog é estimular os pais e as crianças a lerem, lerem, lerem e lerem. Adoro pôr minha imaginação para trabalhar, indicar leituras, entrevistas, e até fotos interessantes para inspirar a todos.


Uma das máximas no incentivo à leitura para as crianças é dizer “se o pai lê, ela vai ler”. Bem esta cena aí da foto de uma matéria que fizemos sobre "bons exemplos".
Mas e se ele não leu? E se a vida dele – por inúmeros motivos – não tiver oferecido esta oportunidade da paixão pelos livros? Pois se isso não aconteceu, pode acontecer! Pense na chance de ocorrer o contrário: para incentivar a leitura nos filhos, o adulto começa a ler! Que maravilha!

Quem me inspirou esse post hoje foi uma educadora muito empenhada no melhor caminho do estímulo a ler: Maria José da Nóbrega, consultora na área de educação e língua portiguesa e envolvida em diversos projetos de educação continuada para professores.

Em uma entrevista na revista Direcional Educador, ela cita um ponto importante. “Se o professor não leu o que precisava ler na infância e adolescência, ele pode ler quando adulto. Podemos nos transformar leitores a qualquer momento. Se as pessoas não descobriram o prazer da leitura é só porque ainda não acharam o livro certo e o momento certo. Só aprendemos a ler lendo e interagindo com outros leitores. Não há mistério”.

Isto não é paradoxal, não. É que a cobrança pode ser tamanha que a pessoa ao invés de se animar, entrega-se, acredita que acabou a chance. Claro que o quanto antes, melhor: ler é um prazer que merece ser iniciado desde criança. Mas nunca desistam! E nunca passem esta idéia derrotista ao seu filho que pode chegar à adolescência repetindo a frase “ah, ler não é minha praia”.

Pensem nisso...

(Cristiane Rogerio)

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Postura! Qual é a sua!!

POSTURA! QUAL É A SUA!!



Dias atrás enquanto abordávamos em roda de amigos temas interessantes, um deles sugeriu com sábias palavras o tema Postura. Imediatamente a minha postura corporal se alinhou, pois o cérebro me enviou essa mensagem, visto ser através dela que enviamos ao outro o parecer de nossos sentimentos, que vão desde sobrecargas emocionais e sentimentais que, reprimidas ou não no inconsciente, revelam um padrão comportamental de liberdade ou prisão interior, pois essas cargas interiorizadas são refletidas na postura corporal, indicando se a postura psíquica está negativa ou positiva, por isso é refletida no corpo.

Quando se mantém uma postura negativa por tempo prolongado algumas doenças podem ocorrer como prova de sua insatisfação e, tanto os aspectos familiar como profissional, além do relacional, serão prejudicados pela falta de energia. Muitos autores visam esclarecer sobre o resgate desse conhecimento milenar, que é identificar o diálogo do corpo com o inconsciente. A ênfase maior é mostrar que existe um dialeto próprio e que é universal, pois a memória celular conhece perfeitamente a função de cada órgão interno, dos membros externos e a correlação com a personalidade do indivíduo. Muitos estudiosos afirmam que cada doença tem seu significado psicológico e orientam em como devemos agir, para que os padrões fixos internos se transformem, revertendo o quadro doentio. Foucault diz que “a crítica como componente da estética da existência tem como tarefa levar tão longe quanto possível o trabalho da liberdade”.

Como seres humanos livres devemos ter como tarefa constante criticar a nós mesmos, nossa relação com os outros e com a verdade. Não nos submetermos a uma verdade dada e a um modo de ser fixo, pensando que somos seres imutáveis. Portanto, podemos e devemos pensar e criticar nossos valores, nossas atitudes frente à vida e aos outros, para criarmos a partir daí um novo estilo de vida e com nova forma. Ser um agente incansável diante os problemas que nos aflige e reconhecer os obstáculos, superá-los a partir da crítica e autocrítica, e desse modo, ser um eterno aprendiz. Na medida em que adotamos uma postura frente à vida de agentes criativos, que superam obstáculos com alegria, percebemos oportunidades para aprender e reinventar.

O trabalho holístico na virada do milênio atraiu grande número de pessoas que estavam presos à religião, à medicina convencional e à sua própria existência. Esses trabalhos se fundamentam em sua maioria, no “holos”, no “todo” do ser, usando de técnicas diferenciadas para que o ser humano conheça a si mesmo através de introspecção, respiração correta, relaxamento, meditação, silêncio e serenidade. É importante usar a força de vontade e estudar mais sobre a energia interior e também é necessário meditar, silenciar e descobrir a força interna que eleva a nossa auto estima e nos dá força para buscarmos nossos ideais e sonhos sem culpa, sem medo ou insegurança e sem nos deixar abalar pelos conflitos, para podermos viver e não termos a vergonha de sermos diferentes, de pensarmos diferente e de sermos autônomos; vivermos e criarmos nossos próprios valores, criticarmos nossa postura de vida diante de nós, dos outros e da verdade. Viver... para ser feliz!

Sermos humanos nos leva ao livre arbítrio para podermos criar nosso próprio estilo de vida, pois somos aprendizes e, portanto críticos, sendo, desse modo, felizes por realizarmos nossa essência e nos libertarmos da indiferença daqueles que não reagem diante dos sofrimentos ou empecilhos a fim de viver melhor.

E a vida ? O que é? Gonzaguinha prefere a resposta das crianças.... é bonita, é bonita e é bonita. Acredito que ele não queira dizer que a vida seja simples, mas que o mais importante é realizá-la com autonomia, felicidade e beleza.

Como humana refleti sobre a minha postura e agora me basta como profissional, que eu tenha ajudado outras pessoas a refletirem e reverem suas posturas de vida, mas que optem de alguma forma, por serem felizes.



Fernanda Maria Lima do Amaral
Psicanalista - Psicopedagoga - Yogaterapia

Texto solicitado pelo jornal "Gazeta Guaçuana" - Indicador de Saúde -
Tema: Dedicado à um grande amigo, Edgar Chabregas França (Xilim). Obrigada pela oportunidade de explorar esse tema!

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Mulher

"Matéria do jornal: A Gazeta Guaçuana do dia 3 de maio de 2008, solicitada à profissional pelo responsável do Indicador de saúde .

Possível conciliar carreira, maternidade e realização pessoal?

"Ser mulher, mãe e profissional"
Acredito ser esta uma questão minha e de muitas futuras ou atuais mamães que se vêem diante da necessidade de conciliar maternidade, casa, esposo e trabalho.
Atualmente a mulher luta por se sentir realizada tanto profissionalmente como de forma pessoal, além da realidade financeira que muitas vezes exige essa participação. Com o nascimento dos filhos, indagações são feitas: e a vida pós-parto, a carreira, a vida sexual e pessoal. Como ficam?
Muitos autores afirmam que a opção pelo trabalho provoca lacunas no desenvolvimento das crianças que dificilmente serão preenchidas. A mulher e o esposo se questionam, se caso ela estivesse presente, o relacionamento com o filho e seu desempenho como esposa,não seriam mais eficazes. Mas, na realidade, os estudiosos não vêm muita diferença entre as crianças cujas mães trabalham foram com as que estão presentes em tempo integral, pois segundo eles, existem pequenas deficiências em ambas as situações. A mãe que está fora o dia todo, se constrange ao impor limite, pois não quer estragar aquele momento com o filho, situação constante na postura paterna. Já a mãe presente pode estar no mesmo ambiente e nem ao menos ter alguma comunicação. Ou ainda o contrário, sobrecarrega e sufoca o filho. Às vezes a quantidade de tempo que se passa com a criança não é o que mais importa. A qualidade sim é determinante no produto final.
O importante é que tanto a figura paterna quanto a materna estejam presentes quando possível, pois o desenvolvimento emocional do ser humano necessita dessa participação, atuação e demonstração de amor mútua.
Para a mulher, existe a necessidade de selecionar as oportunidades que tenham a ver com seu projeto profissional e de vida. A partir do momento que você estabelece suas metas, o casamento e os filhos passam a não ser colocados em segundo plano, pois a organização de seu tempo faz com que consiga conciliar a rotina do trabalho com sua tarefa na educação dos filhos e na arte de ser esposa e companheira.
Você é responsável por fazer parte da vida de seu filho e de seu esposo. Muitas vezes, os horários de trabalho não são maleáveis e torna impossível o equilíbrio família x trabalho, mas force-se a se fazer presente. Ter o controle de seus horários, fará com que seus filhos e esposo a respeitem e se sintam seguros.
"A personalidade do futuro adulto é influenciada e moldada pelas emoções e atitudes da mãe", e "as mais importantes tradições de sabedoria nos ensinaram que o mundo é uma extensão de nós mesmos" (Deepak Chopra, no prefácio de Mallika Chopra, 2005). Ele reforça esta idéia ao concluir que "o mundo nunca mudou por ações de políticos ou cientistas " e sim "são as mães que possuem as chaves para curar nosso planeta ferido, pois cada terrorista e cada santo já foi um dia bebê" e, por isso, defende a idéia de que "o mundo depende das escolhas feitas pelas mães".
Nesta época, em que comemoramos o dia do trabalho e logo após, o dia das mães, acredito que a mulher deva estar aberta e entregue à escolha que fez. Marcante e importante ao ser mãe, em sintonia com o compromisso e responsabilidade de ser esposa, dedicada e tão integralmente generosa, se sua escolha for seguir também, uma carreira profissional, que com certeza fará diferença no futuro por ter dado sua contribuição na construção de um mundo melhor.
Como psicoterapeuta, procuro constantemente entender o ser humano e ajudá-lo a se perceber, se conhecer, se transformar para sentir-se melhor e feliz. Através da psicanálise, acredito contribuir para que decisões e escolhas sejam tomadas visando um mundo sempre melhor.
Ser mãe (biológica ou não) também é um meio para a realização, não somente com o trabalho formal a mulher pode construir para um mundo melhor e conquistar sua felicidade, pois a maternidade por si só é uma grande oportunidade de cultivar afetividade e semear amor.
Todo indivíduo necessita estabelecer seus limites e objetivos, portanto, não esqueça nenhum de seus papéis, seja o de mãe, esposa ou profissional, além do Ser humano e Ser Espiritual que é.
Fernanda Maria Lima do Amaral é Psicopedagoga, Psicanalista e Psicoterapeuta Analítica Individual e Grupal.
"Matéria do jornal: A Gazeta Guaçuana do dia 3 de maio de 2008, solicitada à profissional pelo responsável do Indicador de saúde .

quinta-feira, 3 de abril de 2008

MEU FILHO NÃO APRENDE!

Por que crianças saudáveis, com desenvolvimento adequado, bom potencial intelectual e habilidades em computadores, videogames, esportes além de outras, apresentam dificuldades na aprendizagem escolar como ler, escrever, fazer cálculos, ou ainda, mostram-se inquietas ao ponto de não conseguirem manter a atenção e a concentração nas aulas e nas tarefas escolares?

Nesse período letivo, com o reinício dos “boletins” bimestrais, retornam questões delicadas sobre a relação dos pais com os filhos e a vida escolar e de ambos com a escola.
Abordados pela pressão do mau rendimento acadêmico sofrido pelos filhos e, despreparados, por se depararem com essa experiência nada agravádel se desesperam e, outros, já cientes, mas cansados dessa rotina anual e que já experimentaram deixar os estudos como uma responsabilidade dos filhos, porém perceberam que tal atitude, não dera certo, também se desesperam.
Os pais se questionam. As suposições variam, sentimentos de culpa, até a conclusão de fracasso como pais. O que usualmente não se considera é que os filhos possam realmente estar passando por dificuldades de apredizagem que impedem o rendimento escolar efetivo.

Como agir diante dessa realidade?
Nesse momento a melhor atitude é procurar um profissional que avalie a modalidade de aprendizagem do estudante e oriente a família, eliminando culpas, frustações ou, de forma contrária, prejudique esse ser já tão criticado por não corresponder às expectativas dos pais, professores e, principalmente, de si próprio.

A Psicopedagogia é a ciência que estuda o processo de aprendizagem e suas dificuldades, devendo identificar, analisar, planejar e intervir através das diversas etapas do diagnóstico e tratamento. São psicopedagogos, aqueles que após a graduação, normalmente da Pedagogia, se especializam, visando atender crianças, adolescentes ou até mesmo adultos, com problemas de aprendizagem, atuando na sua prevenção, diagnóstico e tratamento clínico ou institucional.
Após o diagnóstico é que se confirmarão as hipóteses das dificuldades do "aprendente" e com isso, o início da intervenção psicopedagógica própriamente dita, utilizando-se ferramentas específicas para cada caso, desde instrumentos padronizados da área, às técnicas lúdicas envolvendo jogos de exercício, simbólicos e de regras, jogos de computador, que exigem adaptações desde seus conteúdos, ao ambiente de trabalho, para que seu uso não se restrinja à exploração sem planificação. Como profissional, acredito que a “fonte” seja despertar no aluno o interesse e o desejo de aprender, que o aprender pode ser muito gostoso, ou mais, que quando aprendemos a aprender, desejamos mais e mais …..aprender!!
O enfoque familiar e escolar são condutas necessárias para que o trabalho seja eficaz.
Reações negativas do aprendente frente a essas situações de stress, são normalmente encontradas, revelando resistências internas, bloqueios, sentimentos e lapsos dentre outras manifestações, necessitando para as devidas interpretações, de estudos aprofundados do profissional, incluindo conhecimentos da área psicanalítica.
O referencial teórico do psicopedagogo é interdisciplinar, isto é, usa das ciências de outras áreas, necessitando, portanto, para sua atuação, de um amplo e vasto conhecimento, além de reciclagem contínua.
Os distúrbios de aprendizagem são inúmeros e com diagnósticos diferenciados, sendo de importancia fundamental nesse momento, que os pais se ajustem à situação, para serem participantes ativos, juntamente à escola e ao profissional responsável nas prováveis intervenções que se farão necessárias.

"A escuta é fundamental para que se possa conhecer como e o que o sujeito aprende e, ainda, perceber o interjogo entre o desejo de conhecer e o de ignorar!

Fernanda Maria LIma do Amaral
Pedagoga - Psicopedagoga - Psicanalista
Especialização em Psicopedagogia - Psicoterapia - Psicoterapia Analítica de Grupo (Unicamp).
Formação em Psicanálise Transpessoal - Associação Brasileira de Transpsicanálise.
Extensões 2007: Dislexia, TDHA, Saúde Mental, Psicomotricidade, Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica Clínica.
(Matéria publicada na Gazeta Guaçuana por solicitação do Indicador de Saúde)

segunda-feira, 24 de março de 2008

Carpas, Tubarões e Golfinhos vivem nas mesmas Águas!!!!

As carpas, com medo da escassez e de serem agredidas, vivem isoladas, escondidas nos cantos. Não se organizam, não se comunicam, não se auxiliam. Sua carne é preciosa, suas escamas e seu sangue são altamente medicinais. Muitas vezes, morrem pela escassez. Vivem amedrontadas e infelizes. Para elas, golfinhos e tubarões são a mesma coisa.


Os tubarões andam desordenadamente por todas as águas. Abocanham tudo o que vêem pela frente, às vezes até pedaços de navio ou mesmo, de um outro tubarão que foi ferido. Não são cooperativos, não se comunicam, não se organizam. Apesar de não se apavorarem, são covardes e facilmente, atingidos. Morrem, muitas vezes, pelo excesso de "qualquer coisa" que ingerem desmesuradamente. Passam suas vidas agressivos, desequilibrados e insatisfeitos. Para eles, carpas e golfinhos são a mesma coisa.


Os golfinhos ocupam todas as águas com graça, alegria, vida. Comem somente quando têm fome e só os peixes pequenos. São organizados, cooperativos e se comunicam o tempo todo. São amáveis, sábios e inteligentes. Somente atacam para defesa própria. São necessários apenas cinco golfinhos para se defenderem de noventa tubarões. Ao se verem ameaçados, se organizam de uma forma que, um grupo distrai alguns tubarões, enquanto um dos golfinhos dá um bote certeiro no peito de um tubarão que, por ter respiração frágil cai no fundo das águas e morre. Ou então, mordem um tubarão, que por sangrar, começa a ser devorado pelos outros tubarões, permitindo com isso que os golfinhos possam escapar. Vivem uma vida longa, saudável e feliz. Para eles, carpas e tubarões são completamente diferentes.



* * *


Tomemos cuidado com aqueles que se assemelham a tubarões. Devemos evitá-los - mas, quando não pudermos, não devemos temê-los. E jamais imitá-los.


Vamos ajudar as carpas, para que sejam integradas ao mundo.


Imitar os golfinhos, que são cooperativos, amigos, alegres, ativos, organizados, atentos, observadores, não gananciosos, comunicativos, criativos, vivendo uma vida tranqüila e feliz.

Fonte: Internet

Autor Desconhecido

6 - RELAXAMENTO E DEPRESSÃO

Em reportagem da Folha de São Paulo: “Medicina se rende à prática da meditação”, os autores colocam que tal prática deve ser realizada entre 10 e 20 minutos, de uma a duas vezes ao dia. E comentam que a meditação preferencialmente deve ser realizada na posição sentada, num lugar calmo e a meia luz – porém, existem aqueles que a realizam andando, lavando pratos ou outras atividades. Além disso, um aspecto interessante da meditação é que o paciente pode gerir o seu próprio tratamento.

Grande parte das técnicas de relaxamento preocupa-se com a concentração e com a respiração, sendo estas partes importantíssimas do relaxamento. O paciente deve ser instruído a imaginar que as energias negativas são retiradas de seu corpo e que seu sangue está ficando oxigenado e limpo (FIGUEIRÓ, 2005, p. 127).

O passo seguinte de algumas técnicas de relaxamento é seguir para regiões específicas do corpo. Pede-se ao paciente que imagine seus braços, suas pernas, sua cabeça e seu tronco - em diversos e diferentes momentos. A dor e o incômodo devem ser esquecidos.

O próximo passo é pedir que o indivíduo imagine-se em um lugar que se sinta bem e longe de seus problemas de cotidiano e que, provavelmente, estejam causando seu desconforto. O paciente deve ser sempre influenciado com pensamentos e palavras boas (FIGUEIRÓ, 2005, p. 127).

Outra possível técnica de tratamento para a depressão é o relaxamento progressivo. O relaxamento progressivo pode ser praticado em posição deitada ou sentado, em uma cadeira com a cabeça apoiada. Cada músculo ou agrupamento muscular é tensionado de 5 a 7 segundos e então relaxado, de 20 a 30 segundos. Este procedimento é repetido pelo menos uma vez. Se determinada região continuar tensa, pode-se praticar até 5 vezes (DAVIS, 1996, p. 63).

Reynolds (REYNOLDS, 1986) realizou uma pesquisa comparativa entre o relaxamento e técnicas de terapia comportamental em adolescentes deprimidos. O estudo foi composto por 10 sessões, de 50 minutos de relaxamento muscular progressivo, em que a 1ª sessão começou com a introdução do programa de tratamento. O terapeuta explicou todos os objetivos das sessões e os pacientes foram treinados a perceber os momentos de estresse que geravam tensão muscular associados à depressão. Nas sessões seguintes os pacientes foram ensinados a relaxar grandes grupos musculares, seguindo os princípios do relaxamento muscular progressivo. Os pacientes eram incentivados a utilizar os ensinamentos obtidos nas sessões em situações que pudessem gerar estresse e tensão muscular. Na última sessão foi entregue o programa do tratamento e os indivíduos foram encorajados a realizar relaxamentos em possíveis fontes de estresse futuras (REYNOLDS, 1986, p. 563). O relaxamento mostrou-se superior a técnica comportamental na redução da ansiedade e do estresse, além de maior eficácia no controle dos sintomas depressivos.

Estudos recentes realizados pelo Grupo de Colaboração Psicossocial a Oncologia (Psychosocial Collaboration Oncology Group – PSYCOG) demonstraram que as técnicas de relaxamento obtiveram sucesso no controle da ansiedade, dor, náuseas e vômitos em pacientes submetidos à quimioterapia. O estudo apontou que os sintomas de ansiedade e depressão são comuns nesses pacientes e que as técnicas meditativas foram efetivas na redução dos traços depressivos e ansiosos, mesmo quando comparados com o uso de Alprazolam; porém cabe salientar que o Alprazolam foi superior (de forma pouco significativa) ao tratamento por relaxamento. E os autores colocam que a maior relevância da pesquisa foi o fato da terapia pelo relaxamento surgir como alternativa para pacientes que já administram muitos medicamentos e relutam em usar uma droga adicional (HOLLAND, 1991, p. 1004).

Em outro estudo realizado com mães adolescentes que adquiriam os sintomas depressivos, os resultados demonstraram que tanto as técnicas de relaxamento quanto as técnicas de massagem são efetivas no tratamento da depressão, porém de formas diferentes. A pesquisa foi realizada com 32 mães adolescentes divididas em 2 grupos que diferiram muito pouco em relação à idade, anos de escolaridade e etnia (71% negras, 29% latinas). Os tratamentos propostos foram massagem e o relaxamento. O grupo de massagem (N = 16) recebeu 30 minutos de massagem por dia, em 2 dias consecutivos por semana, por 5 semanas consecutivas (10 sessões). A massagem foi realizada em decúbito dorsal nos primeiros 15 minutos e em decúbito ventral nos últimos 15 minutos. A massagem foi em todo o corpo e sempre no mesmo horário do dia (fim de tarde). O grupo de relaxamento (N = 16) recebeu a mesma quantidade de sessões e mesma carga horária que o grupo de massagem. O relaxamento foi aplicado por 30 minutos por dia, por 2 dias consecutivos na semana, por 5 semanas consecutivas (10 sessões). Os primeiros 15 minutos foram compostos por exercícios de Ioga e os últimos 15 minutos consistiram na técnica de relaxamento muscular progressivo. Foram aplicadas as mesmas condições de controle da massagem. Foram medidos os níveis de ansiedade, o pulso, os níveis de cortisol salivar, os níveis de cortisol sanguíneo e parâmetros comportamentais nos dois grupos, no primeiro e no último dia da pesquisa. Os dados da massagem (tabela 2) e os dados do relaxamento (tabela 3) foram comparados e demonstraram que o relaxamento é mais eficiente ao fim da terapia, mas a massagem tem seus efeitos em escala maior e em maior durabilidade (FIELD, 2006, p. 903).

CONCLUSÃO

A depressão, sendo um problema tão relevante de saúde pública, devido a sua alta incidência em todas as idades, sexos e classes sociais, necessita de arsenal terapêutico mais variado. Na prática clínica a equipe de saúde tem centrado suas ações contra a depressão basicamente em reduzidas ofertas, como a medicamentosa e a psicoterapêutica. Outras possibilidades terapêuticas devem ser buscadas, principalmente na área não medicamentosa – reduzindo os efeitos colaterais gerados por tal intervenção, possivelmente minimizando os gastos com saúde e favorecendo uma abordagem multidisciplinar para tal problema.

Conclui-se que as técnicas estudadas - acupuntura, exercício físico, massagem e relaxamento - apresentam resultados promissores no tratamento da depressão. O exercício físico aparentemente apresenta maior respaldo científico no que diz respeito à prevenção e ao tratamento da depressão – com estudos mais apurados, com maiores rigores metodológicos e com casuísticas importantes. Porém, cada técnica possui sua aplicação específica e a preferência do paciente, por uma das intervenções, parece ser um fator de muita valia.

Porém, mais estudos são necessários para que claras orientações quanto à positividade de cada intervenção e as melhores maneiras de tratamento sejam estabelecidas. Realizando mais estudos comparativos com técnicas consagradas, verificando se existe uma melhor aplicabilidade em pacientes, por exemplo, com depressão leve ou moderada, realizando comparações com “grupos placebo” e estabelecendo assim, melhores coordenadas para o tratamento de tais pacientes.

Pela revisão bibliográfica pode-se perceber também, que as terapêuticas estudadas (acupuntura, exercício físico, massagem e relaxamento) devem ser cuidadosamente empregadas caso sejam o recurso único no tratamento da depressão; pois ainda não existe um consenso criterioso sobre a utilização devida destas técnicas.

domingo, 23 de março de 2008

5 - DEPRESSÃO E MASSAGEM

A massagem sempre foi um dos meios mais naturais e instintivos de aliviar a dor e o desconforto. É comum verificar que quando uma pessoa tem músculos doloridos, dores abdominais, uma contusão ou um ferimento, o impulso instintivo é tocar e/ou esfregar essa parte do corpo para obter alívio.

O toque como método de cura parece ter inúmeras origens culturais e é provável que a massagem tenha começado quando habitantes das cavernas esfregavam suas contusões (FRITZ, 2001 p. 12).

A massagem terapêutica tem fortes raízes na medicina popular chinesa, mas também possui muitos aspectos em comum com outras tradições de cura, como a medicina indiana e a medicina persa. Acredita-se que a arte da massagem tenha sido mencionada pela primeira vez por escrito em cerca de 2760 a.C., no grande tratado de medicina chinesa conhecido como Nei Chang e desde cerca de 500 a.C. vem sendo pesquisada e descrita extensamente em livros. A literatura médica egípcia, persa e japonesa está cheia de referências à massagem. O médico grego Hipócrates (460 a.C) advogava a massagem e os exercícios de ginástica constantemente em suas terapêuticas. Asclepíades, outro eminente médico grego, confiava exclusivamente na massagem em suas práticas (WOOD, 1984, p. 3).

Ao longo da história, a massagem foi usada como ferramenta terapêutica e seu valor foi reconhecido por múltiplas e variáveis culturas. A fundamentação fisiológica em suporte ao uso da massagem tem progredido, indo de puramente empírica até algo mais científico (CDOF, 2006).

Os métodos de massagem terapêutica são simples e eficientes para produzir respostas mediadas por meio do sistema nervoso, da interação com o sistema endócrino, do tecido conectivo e dos sistemas circulatórios. Técnicas de massagem terapêutica são capazes de substituir a farmacêuticas em casos de manifestações brandas de sintomas em determinadas disfunções. Como suplemento de ajuda à terapia medicamentosa pode reduzir as dosagens e a duração do uso de fármacos, diminuindo assim o risco de efeitos colaterais. O uso da massagem para a ansiedade, a depressão e a dor crônica pode ser benéfica em conjunção com um protocolo de tratamento multidisciplinar (FRITZ, 2001, p. 174).

As técnicas manuais de massagem são fisiologicamente específicas e bem definidas pelo modo de aplicação (esfregar, tracionar, pressionar); pela velocidade e a profundidade da pressão (sustentada ou lenta, rítmica, intervalada ou rápida); pela intensidade do toque (toque leve, toque profundo e uma combinação dos dois); e pela parte do corpo do terapeuta usada para aplicar as técnicas (dedos, mão, antebraço ou joelho). As técnicas de massagem terapêutica e outros tipos e estilos de trabalhos corporais são meras variações da aplicação fundamental de manipulações, que proporcionam estimulação sensorial externa e efeitos internos. Os benefícios das técnicas são simplesmente o resultado de efeitos fisiológicos básicos desencadeados pelo estímulo tátil (FRITZ, 2001, p. 151).

Portanto, tentaremos elucidar no tópico a seguir aspectos fisiológicos básicos da massagem que podem ser útil na psicobiologia da depressão.

Efeitos Fisiológicos da massagem na depressão

É importante lembrar que quando os pacientes são tocados, a sua psique também é tocada; é literalmente impossível separar a psique do corpo. É comum que o tratamento físico seja capaz de alterar o estado psicológico do paciente, em forma de alterações de humor, de uma nova percepção da imagem corporal e em mudanças de comportamento.

Perls, fundador da psicologia da Gestalt, salientou que estimular as sensações (como por meio da massagem) e aumentar a conscientização corporal contribuem para “alimentar” a psique, promovendo uma melhor integração entre o corpo e a mente. Darbonne, terapeuta gestaltista e rolfista, recomenda o uso da técnica de massagem para aumentar a consciência do corpo em prol do crescimento pessoal (LEDERMAN, 2001, p. 177).

Os conceitos fundamentais que explicam os efeitos da massagem terapêutica baseiam-se no princípio de que a massagem age diretamente nos tecidos moles ou fluídos corporais estimulando o sistema nervoso, o sistema endócrino, as substâncias químicas do corpo, além de sua ação como efeito placebo.

Nesta atuação da massagem sobre o Sistema Nervoso, sobre as substâncias químicas do corpo, sistema endócrino e efeito placebo, as principais informações foram encontradas no livro de Fritz (FRITZ, 2001, p. 151 a 157) intitulado: “Fundamentos da massagem terapêutica” e serão abordados conforme o autor propõe em seu livro, falando sobre a atuação da massagem em cada um dos sistemas e colocando, a seguir – após cada item - afirmações oriundas do autor sobre evidências e pesquisas que demonstraram a eficácia da massagem, por exemplo, na modificação de níveis de alguns neurotransmissores ou substâncias neuroendócrinas.

Os efeitos da massagem sobre o Sistema Nervoso

Os efeitos da massagem ocorrem através do inter-relacionamento do Sistema Nervoso Central (SNC) e periférico (e seus padrões de reflexo e múltiplos caminhos), além do sistema nervoso autônomo (SNA) e do controle neuroendócrino.

O sistema nervoso responde aos métodos de massagem terapêutica por meio da estimulação dos receptores sensoriais pelo toque. A estimulação sensorial da massagem interrompe um padrão existente nos centros de controle do SNC, resultando numa mudança de impulsos motores. Essa mudança nos impulsos motores acarretaria uma alteração da homeostase e regularia os padrões vitais e a liberação de neurotransmissores.

Pesquisas atuais apontam que a maioria dos problemas no comportamento, humor e percepção de estresse e dor, bem como outras desordens chamadas de mentais/emocionais, são causadas pela desregulação ou falta das substâncias bioquímicas. A massagem regularia esses níveis bioquímicos, melhorando os sinais de ansiedade, atenção e diminuindo os traços depressivos.

A influência da massagem nas Substâncias Neuroendócrinas

Algumas das principais substâncias químicas reuroendócrinas influenciadas pela massagem são as seguintes:

Dopamina: Influencia a atividade motora e do humor.

Serotonina: Regula o humor e reduz a irritabilidade. Também modula o ciclo de sono/vigília. Um baixo nível de serotonina tem implicação na depressão, distúrbios alimentares, problemas de dor e desordens obsessivo-compulsivas.

Epinefrina/Adrenalina e Norepinefrina/Noradrenalina: A epinefrina ativa mecanismos de excitação no corpo, ao passo que a norepinefrina funciona mais no cérebro. Elas são as substâncias químicas da ativação, da excitação, do alerta e do alarme; na resposta de luta e fuga e em todos os comportamentos e funções de excitação simpática. Se os níveis dessas substâncias químicas estão elevados, ocorre uma hiperatividade e uma hipervigilância - a pessoa pode ter um padrão de sono perturbado, em particular uma falta de sono. Com baixo nível dessas substâncias o indivíduo fica indisposto, sonolento, fatigado e subestimado.

Encefalinas/endorfinas: São substâncias que levantam o ânimo e que dão suporte à saciedade e modulam a dor. A massagem aumenta os níveis disponíveis destas substâncias. A duração do efeito da massagem, em função do esgotamento das encefalinas é de aproximadamente 48 horas.

Ocitocina: Ligada a sentimentos de atração, junto com suas funções mais clínicas durante a gravidez e lactação.

Cortisol: Um dos hormônios liberados pelas glândulas supra-renais durante períodos de estresse prolongado. Níveis elevados desse hormônio indicam aumento de estimulação simpática.

Há evidências suficientes, também, que correlacionam o estresse à depressão – o que justificaria o fato da aplicação de massagem em pacientes estressados e/ou deprimidos.

Hormônio do crescimento: Promove a divisão celular e em adultos tem sido implicado nas funções de regeneração e reparação de tecidos. A massagem dinamiza, de forma indireta, a disponibilidade do hormônio do crescimento, encorajando o sono e reduzindo o nível de cortisol.

Pesquisas tem demonstrado que a massagem terapêutica aumenta os níveis de dopamina, serotonina, encefalinas, endorfinas e a ocitocina, além de reduzir os níveis sanguíneos e salivares de cortisol. Esta informação é de grande relevância, visto que são hormônios altamente relacionados com os pacientes deprimidos.

Influências autônomas

O SNA é mais conhecido por sua regulação da resposta simpática de “luta/fuga/medo” e da resposta parassimpática de “relaxamento e restauração”. Os dois sistemas trabalham juntos para manter a homeostase do corpo.

A excessiva ativação simpática esta relacionada à maioria das doenças provenientes do estresse. O SNA é regulado por vários centros no cérebro, em particular o córtex cerebral, o hipotálamo e a medula oblonga. O hipotálamo desempenha um papel importante na conexão corpo/mente e é um dos principais componentes do sistema límbico.

O sistema límbico é um grupo de estruturas do cérebro, ativadas por excitação e comportamento emocional, que influenciam os sistemas endócrino e autônomo. As respostas límbicas são refletidas numa alteração geral do humor e em sentimentos de bem-estar e angústia.

A massagem mostrou-se efetiva na regulação dos circuitos neurais límbicos às respostas emocionais.

4 - DEPRESSÃO E EXERCÍCIO FÍSICO

O exercício físico sempre existiu na história da humanidade. Estudos antropológicos e evidências históricas relatam a existência desta prática desde a cultura pré-histórica, como um componente integral da expressão religiosa e cultural (VAISBERG, 2005, p. 5). Um bom exemplo são os Jogos Olímpicos – prática desportiva com caráter de celebração e culto aos Deuses que ocorre há mais de 2700 anos.

Um outro aspecto também muito importante do exercício físico, quando realizado de forma planejada, estruturada e repetitiva, é a sua capacidade de atuar no condicionamento físico, aumentando ou mantendo a saúde e a aptidão física. Esta forma de atuação também pode ser encontrada na história das civilizações; como na Idade Média em que os exercícios foram a base da preparação militar dos soldados, que durante os séculos XI, XII e XIII lutaram nas Cruzadas empreendidas pela Igreja.

Porém, uma atenção recente, fruto de diversos estudos atuais, relaciona o exercício físico com a prevenção, conservação e conseqüente melhora da saúde.

Estudos epidemiológicos e experimentais evidenciam uma correlação positiva entre a prática da atividade física e diminuição da mortalidade, sugerindo um efeito positivo no risco de desenvolver enfermidades cardiovasculares, no perfil dos lipídeos plasmáticos, na manutenção da integridade óssea, no controle de enfermidades respiratórias e do diabetes, além de menor prevalência de câncer. Também são relatados benefícios psicológicos como melhora na função cognitiva, humor, diminuição da ansiedade e depressão (MC ARDLE et al., 1998; MAZZEO, 1998; NIEMAN, 1999; POWERS et al., 2000; WILMORE, COSTIL, 2001 apud VAISBERG, 2005, p. 06).

Independente da idade, o exercício físico terapêutico regular produz melhoras fisiológicas mensuráveis. O Colégio Americano de Medicina Esportiva (“American College of Sports Medicine” – ACSM), por exemplo, coloca dentre os benefícios diretos e indiretos do exercício físico terapêutico:

Melhoria da função cardiovascular e respiratória;
Redução dos fatores de risco para doenças das artérias coronárias;
Diminuição de incidentes mortais provocados por doença cardiovascular;
Diminuição da incidência de doença das artérias coronárias, cancro do cólon e diabetes tipo II;
Diminuição da massa gorda e manutenção ou aumento da massa muscular;
Aumento da massa óssea e/ou prevenção da sua perda (prevenção da osteoporose);
Aumento da força muscular;
Aumento da resistência de tendões e ligamentos;
Aumento do metabolismo em repouso;
Melhoria da função imunitária;
Atraso de certos processos do envelhecimento;
Aumento da sensação de bem-estar e da auto-estima;
Melhoria dos estados de depressão e ansiedade.

A magnitude dessas melhoras depende de muitos fatores, incluindo estado inicial de aptidão, idade, tipo e volume de treinamento. Por isso, é importante lembrar que quando se pretende trabalhar com o exercício físico de forma terapêutica é preciso ter um bom conhecimento dos aspectos gerais e da fisiologia do exercício, sabendo associar isto à correta prescrição para cada indivíduo e para cada doença. Para isso deve-se estar atento a determinantes como: intensidade, volume, freqüência e duração do exercício. Além disso, outro cuidado igualmente importante refere-se à realização de uma avaliação física precisa, para que seja elaborado um programa correto de exercícios, baseado no gasto energético, idade, sexo, entre outros (FLETCHER, 1990, p. 2288).

Na última década foram realizados estudos controlados fundamentando a idéia de que os exercícios físicos têm papel relevante na promoção de saúde mental. Os indivíduos mais estudados são os de populações clínicas, portadoras de depressão - os quais, em geral, são mais sedentários e apresentam menor capacidade de trabalho físico se comparados aos não portadores da doença. Tem-se observado que ambas as populações se beneficiam dos efeitos da prática de diferentes modalidades de exercício físico (MELLO, 2005, p. 205).

Frente às necessidades em entender a fisiologia do exercício, qual intensidade, freqüência, volume e duração da atividade física necessária para o tratamento da depressão surgiram os tópicos subseqüentes deste capítulo.

Fisiologia do Exercício na depressão

Segundo Vaisberg (VAISBERG, 2005, p. 136) mecanismos psicológicos e fisiológicos tem sido sugeridos para explicar os efeitos benéficos dos exercícios sobre a saúde e sobre transtornos mentais. Embora poucas hipóteses tenham encontrado respaldo em estudos randomizados e controlados, alguns dos mecanismos serão aqui mencionados:

Mecanismos psicológicos dos exercícios físicos:

a) Hipótese da distração: Sugere que o desvio (promovido pelos exercícios) de estímulos não prazerosos ou de queixas somáticas dolorosas levem à melhora do afeto e do bem-estar;

b) Teoria da auto-eficácia: Propõe que confiança, na capacidade de se exercitar, está fortemente relacionada à habilidade de realizar outras tarefas/comportamentos;

c) Hipótese da interação social: Postula que a interação social e o suporte mútuo entre os praticantes é importante parcela dos benefícios causados pelo exercício físico à saúde mental do indivíduo.

Mecanismos fisiológicos dos exercícios físicos:

a) Hipótese das monoaminas: propõe que os exercícios otimizam a transmissão sináptica aminérgica cerebral. Noradrenalina, dopamina e serotonina são aminas que agem no despertar, na capacidade da atenção e também estão relacionadas aos transtornos depressivos e distúrbios do sono;

b) Hipótese das endorfinas: as beta-endorfinas são produzidas endogenamente em diferentes localizações do cérebro, liberadas durante a atividade física, estão relacionadas à redução da dor e à potencialização do estado de euforia.

Além dessas diversas hipóteses a melhora do quadro do sono (benefício intimamente ligado à prática regular de atividade física) parece ser um dos fatores implícitos relacionados à diminuição dos sintomas da depressão.

Para esta melhora do padrão do sono algumas teorias são propostas. Entre essas propostas temos:

a) - Termorregulatória: afirma que o aumento da temperatura corporal como conseqüência do exercício, facilitaria o disparo do início do sono, graças a ativação dos mecanismos de dissipação do calor e indução do sono, processos estes controlados pelo hipotálamo;

Conservação de energia: descreve que o aumento do gasto energético promovido pelo exercício durante a vigília aumentaria a necessidade de sono a fim de alcançar um balanço energético positivo, restabelecendo uma condição adequada para um novo ciclo de vigília;

Restauradora ou compensatória: da mesma forma que a anterior, relata que a alta atividade catabólica durante a vigília reduz as reservas energéticas aumentando a necessidade de sono.

Os benefícios da atividade física, em relação à qualidade de vida, são indubitáveis, e são evidenciados sob o aspecto psicossocial, interferindo no estado de ansiedade e depressão, elevando a autoconfiança e favorecendo assim sua reintegração social e profissional além de motivar as mudanças dos hábitos de vida e o controle dos fatores de risco” (YAZBEK et al., 1994, p. 81).

3 - ACUPUNTURA E DEPRESSÃO

A palavra “acupuntura” vem do Latim e se refere simplesmente ao ato de “penetrar com um instrumento pontiagudo”. Tal técnica originou-se na China, no período pré-histórico e vem sendo usada por mais de dois mil anos na China e no Japão (FILSHIE; WHITE, 2002, p. 3). A referência literária mais antiga está no livro de medicina interna do Imperador Amarelo, datada do segundo ou terceiro século antes de Cristo. A acupuntura chegou ao Japão no século VI da era Cristã e foi introduzida na Europa por Rhijine (1683), que havia aprendido no Japão essa arte terapêutica. Como terapia foi se difundindo muito lentamente na Europa. As primeiras publicações sobre acupuntura, européias e americanas, só apareceram no início do século XIX. Apesar de seu uso já mais difundido na metade do século XX, foi só na década de 70 que a atenção pública se voltou para essa terapia e veio a ser amplamente exercida. Filmes mostrando procedimentos cirúrgicos sob anestesia propiciada pela acupuntura, vindos da China, logo após a visita do presidente Nixon ao país em 1972, incitaram a imaginação pública. Foi então, nessa época, que se iniciaram as mais amplas pesquisas sobre a acupuntura e seus diversos efeitos, principalmente no que diz respeito ao controle da dor.

Hoje em dia, devido a esta ampla expansão da acupuntura para o Ocidente e devido a uma cultura atual de ciência baseada em evidências pode-se colocar a acupuntura dividida em dois grandes pilares: acupuntura segundo a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) e a Acupuntura Científica (AC). A MTC exerce a acupuntura conforme os ensinamentos de antigos mestres, que passaram seus conhecimentos ao longo de milhares de anos, sendo suas teorias baseadas num equilíbrio energético regido pelo Yin e pelo Yang (forças opostas com a finalidade de se equilibrarem entre si). A inserção de agulhas pelo corpo teria a finalidade de ajudar na restauração da energia vital, que estaria desbalanceada no caso de uma doença. Sendo assim, os melhores pontos deveriam ser selecionados para a restauração de uma homeostase individual – pontos que teriam uma indicação variável conforme o estado de desequilíbrio. Os pontos de acupuntura agrupados entre si, formariam segundo a MTC, meridianos (trajetos imaginários) ao longo do corpo, responsáveis por conduzirem nossa energia vital.

Já a AC baseia-se em princípios neurofisiológicos, anatômicos e muitas vezes exclui as teorias tradicionais chinesas. Para estes adeptos a aplicação das agulhas gera componentes neuroquímicos, psicológicos e hormonais, responsáveis pelo controle sintomatológico ou cura de algumas doenças. Esta corrente diversas vezes tenta traçar um elo entre a MTC e as informações disponíveis na medicina ocidental como, por exemplo, tentando correlacionar os meridianos com os trajetos nervosos ou com o trajeto de vasos da anatomia humana; muitas vezes questiona a real existência de uma energia percorrendo os meridiano; tenta traçar protocolos de tratamento, baseados em evidências e não por meio de diagnósticos firmados pela MTC. Porém, são inúmeros os estudos que acabam correlacionando a MTC e a AC, por isso esse capítulo irá se ater numa mescla destas duas correntes.

É interessante pontuar, também, que a terminologia utilizada pela MTC difere totalmente dos termos usados pela medicina ocidental. Por exemplo: “Pulmão” na MTC está relacionado com doenças de pele; “Rim” não diz respeito ao trato urinário e sim ao sistema genital; “Baço” regula as funções digestórias. Existe até um órgão “Triplo Aquecedor”, que não existe na anatomia moderna (LIAO, 1973, NEEDHAM, 1980 apud FILSHIE, 2002, p. 13). A justificativa para esta grande diferença reside no fato da MTC se basear em antigos manuscritos que datam de tempos cujas constatações de funcionamento do corpo, muitas vezes, eram feitas por intuição, e a anatomia interna humana norteava-se primordialmente pela palpação e observação.


Em casos de eletroacupuntura a corrente elétrica que passa pelas agulhas é uma corrente não contínua que pode ser relativamente lenta (2 – 10 Hz) ou rápida (80 – 150Hz) e a associação de freqüências baixas e altas tende a ter resultados mais favoráveis do que a utilização de somente uma das duas (ULETT; HAN; 1998, p. 129). A justificativa para isso parece ser a liberação de mais de um tipo de neuropeptídeo (MA, 2003, p. 42) e isso pode ser vantajoso, também, nos casos de depressão.

Para seleção dos pontos, e mesmo para localizar qualquer acuponto é importante lembrar que exames quantitativos das propriedades elétricas da pele fornecem a demonstração mais objetiva da validade científica dos pontos de acupuntura (BERGSMANN, 1973; REICHMANIS, 1975; BECKER et al., 1976; OLESON, 1983 apud STUX; HAMMERSCLA, 2005, p. 113). Nos anos 70, Matsumoto mostrou que 80% dos pontos de acupuntura podiam ser detectados como pontos de baixa resistência. Descobriu-se que a resistência elétrica dos pontos de acupuntura ia de 100 a 900 kOhm, ao passo que a resistência elétrica dos não-pontos de acupuntura ia de 1100 a 11.700 kOhm (STUX; HAMMERSCLA, 2005, p. 114).

No Departamento de Dor do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), por exemplo, o método utilizado para detectar os pontos de acupuntura com mais precisão é o Ryodoraku (aparelho utilizado para mapear a impedância ou resistência elétrica da pele). Integrantes do Departamento de Dor da FMUSP colocam que segundo Nakatani os pontos detectados pelo Ryodoraku indicam a existência de um processo patológico, resultado da liberação de substâncias algogênicas nas terminações nervosas do tegumento pesquisado (ANDRADE FILHO, 2005). Essas substâncias algogênicas promoveriam uma despolarização da membrana axonal e conseqüentemente reduziriam a resistência elétrica tegumentar (ANDRADE FILHO, 2005).

Como demonstrado no estudo de Röschke (RÖSCHKE, 2000), a acupuntura pode ser um recurso que utilizado de forma associada à tratamentos padrões pode trazer benefícios terapêuticos adicionais, potencializando, por exemplo, o efeito dos antidepressivos.

Cabe lembrar que trabalhar em conjunto com um psiquiatra pode ser uma alternativa bem interessante e em alguns casos primordial. Com isso pode-se discutir a eleição criteriosa dos pacientes que eventualmente se beneficiarão somente com a acupuntura, verificar as possibilidades de utilizar-se antidepressivos mais acupuntura, averiguar possíveis reduções em dosagens medicamentosas (em função da associação com a acupuntura) e deixar a cargo do psiquiatra os casos que possivelmente não se beneficiarão com o uso da acupuntura.

Apesar dos poucos estudos bem elaborados, controlados e com casuísticas importantes a acupuntura parece ser uma técnica promissora no tratamento da depressão. E para maiores conclusões e para claras orientações de tratamento mais estudos se fazem necessários.

2 - DEPRESSÃO - PRÁTICAS DE TRATAMENTO

A literatura de psiquiatria estudada apresenta as seguintes práticas de tratamento do paciente deprimido: farmacoterapia, eletroconvulsoterapia, fototerapia e o tratamento psicossocial.

1 - Farmacoterapia

O enfoque farmacológico revolucionou o tratamento dos transtornos depressivos e afetou dramaticamente o curso dos transtornos de humor, além de reduzir os custos que impõem à sociedade (KAPLAN, 2003, p. 517).

As principais drogas terapêuticas para o tratamento da depressão são os antidepressivos e a escolha do tratamento com um medicamento específico - em uma determinada situação clínica - baseia-se principalmente na determinação da resposta terapêutica prévia à medicação, na consideração dos possíveis efeitos colaterais, na história de resposta à medicação em parentes de primeiro grau e na presença de doenças clínicas gerais concorrentes ou de transtornos psiquiátricos comórbidos que possam indicar uma opção específica de tratamento com antidepressivos.

Quando a medicação antidepressiva é iniciada exige-se a monitorização cuidadosa da dose e das respostas iniciais, a revisão do tratamento com o paciente logo após seu início, o aumento gradual da dose até níveis terapêuticos e a revisão semanal da resposta clínica durante o tratamento. O objetivo final da farmacoterapia é a remissão completa dos sintomas.

Há vários tipos de medicações antidepressivas. Estas incluem medicações mais novas - principalmente inibidores seletivos de recaptura de serotonina (ISRS), tricíclicos e inibidores da mono-amino-oxidase (IMAO). Os ISRS - e outras medicações mais recentes que afetam neurotransmissores como dopamina e norepinefrina - geralmente têm menos efeitos colaterais que os tricíclicos e geralmente são mais bem toleradas pelos pacientes.

Embora algumas melhoras possam ser vistas nas primeiras semanas, as medicações antidepressivas têm de ser tomadas regularmente por 3 ou 4 semanas (em alguns casos até 8 semanas) antes que ocorra o efeito terapêutico integral. Além disso, o médico pode ter que experimentar vários antidepressivos antes de achar a medicação ou combinação de medicações mais eficaz.

Seguem-se abaixo alguns quadros com as diferentes categorias de antidepressivos, doses recomendadas, entre outras informações.

É importante lembrar também, que os medicamentos ansiolíticos (calmantes) ou sedativos por vezes são prescritos juntamente com os antidepressivos; entretanto, não são eficazes quando tomados isoladamente para um transtorno depressivo (Associação Brasileira de Psiquiatria, 2006).

2- Eletroconvulsoterapia

A terapia eletroconvulsiva geralmente é usada quando o paciente não responde à farmacoterapia ou não tolera a farmacoterapia ou quando a situação clínica é tão severa que exige a melhora rápida.

Dentre todas as eletroconvulsoterapias realizadas nos Estados Unidos, de 80 a 90% são para o tratamento do transtorno da depressão maior. Esta terapia é indicada para casos de depressão severos, incluindo casos com aspectos psicóticos. E é particularmente útil para eliminar impulsos suicidas agudos em pacientes que necessitam de um rápido combate aos sintomas (KAPLAN, 2003, p. 521).

3- Fototerapia

A fototerapia é um tratamento que vem sendo usado em pacientes com transtornos do humor de padrão sazonal (LEPPÄMÄKI, 2002, p. 316). Pode ser usada sozinha ou em associação com a farmacoterapia.

Consiste na exposição de pacientes com Transtorno Depressivo Maior (TDM) à iluminação de 2500 lux de 1 a 2 horas ao despertar. Foi desenvolvida como um novo tratamento para pacientes que manifestam TDM com padrão sazonal, que geralmente se manifestam nos países nórdicos, nos períodos de inverno, que tem pouca luminosidade.

4 Tratamento Psicossocial

Dentre a literatura consultada verificou-se que a maioria dos autores indicam a prática medicamentosa associada à psicoterapia, obtendo, com isso, uma intervenção mais efetiva e prevenindo as recidivas. Além disso, algumas pessoas com formas mais leves de depressão podem evoluir bem somente com psicoterapia tão somente.

Dentre os tratamentos psicossociais incluem-se tratamento psiquiátrico de apoio, psicoterapia interpessoal, terapia cognitiva, terapia comportamental, psicoterapia dinâmica breve e terapia conjugal e familiar. Elas têm por objetivo: redução ou eliminação dos sintomas ativos da depressão, prevenção de recaídas ou recorrências e restauração do funcionamento psicossocial.

1 - TERAPIAS COMPLEMENTARES NO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO

A depressão é citada por muitos como sendo a doença do século. Segundo a Organização Mundial da Saúde, neste início do século XXI, a depressão representa a quarta maior causa de perda de anos de vida sadios. Além disso, é classificada como sendo a doença que mais incapacita o ser humano e gera um risco de vida por suicídio de até 15% (ZUNKEL, 2003, p. 116).

Apesar dos inúmeros medicamentos antidepressivos e das demais técnicas de tratamento, um grande percentual dos pacientes com transtorno mental acaba procurando, ou até prefere algum tipo de ajuda complementar ao tratamento convencional. Recentemente tem se dado maior importância para a opinião do paciente, no que diz respeito ao seu próprio tratamento; sendo essa opinião um requisito importante para o sucesso terapêutico (JORM et al., 2002, p. S85).

O uso de técnicas complementares exige, assim como num plano de tratamento padrão, um rigoroso critério de elegibilidade e precisa de tantas pesquisas quanto às desenvolvidas com medicamentos, com eletroconvulsoterapia, com fototerapia e outros.

Nesta perspectiva surgiu a oportunidade de abordar as modalidades terapêuticas que podem ser utilizada, segundo suas bases conceituais, podem possivelmente favorecer o paciente deprimido: Acupuntura, Exercício Físico, Massagem Terapêutica e Relaxamento.

Pelo limitado número de artigos e pela intenção de traçar-se uma abordagem mais ampla nas mais diversas síndromes depressivas utilizou-se como critério de exclusão somente os transtornos depressivos de caráter bipolar.

TRATAMENTO

Segundo Kaplan (KAPLAN, 2003) o tratamento dos transtornos do humor deve ser dirigido para os seguintes objetivos: em primeiro lugar, deve-se garantir a segurança do paciente (propiciando um bom vínculo terapeuta – paciente); em segundo lugar, uma completa avaliação diagnóstica; em terceiro, um plano de tratamento que aborde não apenas os sintomas imediatos, mas também o bem-estar futuro do paciente.

Kay e Tasman (KAY; TASMAN, 2002, p.306) enfatizam que o tratamento deve voltar-se para a redução e eliminação dos sintomas depressivos, com restauração integral do funcionamento psicossocial. A melhoria do funcionamento adaptativo após o episódio depressivo deve ser um dos objetivos associados. O estabelecimento de uma relação funcional entre paciente, família e terapeuta, promove geralmente uma melhor recuperação e fundamenta, além da conduta, o melhor tratamento para o paciente.


Pela revisão bibliográfica pode-se perceber também, que as terapêuticas estudadas (acupuntura, exercício físico, massagem e relaxamento) devem ser cuidadosamente empregadas caso sejam o recurso único no tratamento da depressão; pois ainda não existe um consenso criterioso sobre a utilização devida destas técnicas.

Moretti FA, Caro LG - Terapias complementares no tratamento da depressão: acupuntura, exercício físico terapêutico, massoterapia e relaxamento

Páscoa - Momento de Reflexão

Quando falamos em Páscoa, ainda, e principalmente nos tempos de hoje, o que surge à mente são imagens dos deliciosos e recheados bombons de chocolate em forma de ovos; bom, para uma grande maioria (grande mesmo) isso é um fato! Mas também é um momento oportuno para reflexão, introspecção e então, na vida corrida que inevitavelmente levamos nos dias de hoje, esses raros momentos que nos levam forçosamente a essas viagens íntimas, são oportunidades ímpares que não devem ser desperdiçadas...
Mas vamos conhecer um pouco da parte histórica deste evento comemorado nos quatro cantos do mundo, embora para algumas outras comunidades religiosas ocorra divergência nas datas:


A Páscoa é uma festa cristã que celebra a ressurreição de Jesus Cristo.Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu, até sua ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. É a data mais importante da religião cristã, quando as pessoas vão às igrejas e participam de cerimônias religiosas.Muitos costumes ligados ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera. Outros vêm da celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica. É uma das mais importantes festas do calendário judaico, que é celebrada por 8 dias e comemora o êxodo dos israelitas do Egito durante o reinado do faraó Ramsés II, da escravidão para a liberdade. Um ritual de passagem, assim como a "passagem" de Cristo, da morte para a vida.


Bom, inevitável lembrar do grande profissional, doutor Augusto Jorge Cury, médico, psiquiatra, psicoterapeuta e escritor, que ousou estudar este personagem ímpar da história da humanidade em todos os tempos e obteve como fruto deste trabalho o pentateuco conhecido como "Análise da Inteligência de Cristo" (O Mestre dos Mestres, O Mestre da Sensibilidade, O Mestre da Vida, O Mestre do Amor e O Mestre Inesquecível), uma obra critica por alguns profissionais das ciências humanas, mas adorada por milhares de pessoas que vão das mais simples mentes até intelectuais que perceberam um "algo mais" neste trabalho. Ele também abriu portas para que outros profissionais divulgassem seus estudos acerca deste Mestre chamado Jesus.
O que tem o Dr. Cury a ver com a Páscoa? Bom, não há como deixá-lo fora da conversa quando nos referimos a um personagem bíblico desta estirpe que é Jesus Cristo.


Até o presente momento tive oportunidade de conviver com um corpo acadêmico muito profissional, pessoas extremamente capacitadas, estudiosos, e que não se permitiram perder a fé, no mar do materialismo científico e isso foi o que este cientista, sr. Augusto Cury, mostrou ser possível, afinal, a religião não é contrária à ciência,embora haja divergências em muitos pontos;observemos o crescimento dos estudos acerca da Física Quântica, apesar de muita relutância por parte de ortodoxos...
Mas a grande questão da atualidade, o grande mal que tem assolado a humanidade se chama "indiferença"; esta é responsável pelo descaso, pela solidão, pela depressão e que tem provocado grande índice de suicídios como mostram os jornais do mundo. A vida para muitos, não tem mais sentido, e sem sentido porquelutar? porque continuar? E então, doentes do corpo e da alma, os seres humanos abrem mão do mais valioso tesouros do qual são detentores: a Vida.


A carência que assola a humanidade nos tempos atuais, é também resultado da indiferença que afasta uns dos outros do contato necessário à sobrevivência, uma vez que somos seres sociais por natureza. Não fomos criados para viver em solidão, à distância uns dos outros, à margem da vida.


Qual o sentido que a vida tem pra você?


Que sentido você tem dado à vida?


Qual a importância da sua vida?


Essas e outras perguntas são feitas por nós e para nós constantemente no decorrer do processo do Viver e na verdade, são as respostas que nos damos que nos orienta na caminhada que nos propomos enquanto seres em processo evolutivo.


Páscoa significa renovação, mudança, transformação, passagem e, também esta, é a proposta do profissional que tem como foco de estudo e trabalho o Ser Humano.


Desejo então a todos nós que este sentido da Páscoa nos acompanhe enquanto o ar estiver inflando nossos pulmões, enquanto vivermos e que possamos pensar mais no próximo como uma ponte para este "Ser Maior" possuidor de vários nomes: Jeová, Eu Crístico, Ser Supremo, Deus.
Todos dia é dia de celebrar a vida, pense nisso!!!!
E celebre sua vida diariamente.

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Mogi Guacu, SP, Brazil
PSICOPEDAGOGA\PSICNALISTA\ YOGATERAPEUTA